quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Lágrimas guardadas

Refugiada em meu quarto, deito-me em minha cama tendo minha mente invadida por recordações da minha infância. Tantos momentos vividos, tantas pessoas que me deixaram. Com lágrimas nos olhos, acendo um incenso, e aquela nostalgia que antes estava apenas em meu quarto, aos poucos consome o meu corpo por inteiro. Abrindo uma de minhas caixas de recordações, me envolvo com as cartas escritas para mim e minhas lágrimas antes contidas, desmancham-se em meu rosto. Tantas palavras doces, tantas frases bonitas, e muitas delas em vão. Meu coração dispara e minhas mãos são direcionadas a alguns objetos da caixa. Estou tão cansada de toda essa nostalgia barata, essa vida de esperanças e coisas passadas. Mas acho que ainda não me permito mudar, e deixo que permanecem em meus olhos essas lágrimas guardadas dentro da caixa.

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