quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Detalhe

Deitados. Ali estavam os corpos imóveis. Sobre a cama do local do crime nem ao menos um mosquito se movia. Um casal um tanto jovem. Aqueles que a pouco tempo atrás faziam juras de amor um ao outro, não se podia mais nem ouvir a respiração. A lua clareava boa parte do quarto através da cortina de seda esquecida aberta por um dos criminosos. Coisas espalhadas pelo quarto e uma garrafa de vinho quebrada no tapete. A televisão permanecia ligada, em um filme qualquer, para que ninguém suspeitasse de nada que havia acontecido naquele quarto. Havia apenas dois corpos, ali deitados e imóveis. Permaneciam intactos. O local ali, silencioso. Naquele quarto de motel, criminosos do amor e da paixão.

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