sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Despertar melancólico
Clara luz da manhã banhando meu corpo pela janela do quarto semi-aberta. O frescor do vento invadindo meu quarto e dominando meu corpo nu levemente suado. A melancolia do cantarolar dos pássaros me faz despertar, longa noite e ao mesmo tempo tão curta. Algo de errado com aquela manhã, o cantarolar suave e alegre dos pássaros havia se transformado em algo monótono e melancólico, estaria doente o dia? Eu sabia o que acontecia, mas me negava aceitar. Queria sol e vento fresco, respirar a pureza do ar e meditar. O rádio desperta. Mozart me acalma, eleva meu espírito e me mantém em estado de transe. O cheiro do meu incenso de sândalo invade meu corpo, calmaria. Sou apenas eu e uma xícara de leite morno.
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Incrível, bea.
ResponderExcluirUm comentário de um "nobre" poeta do tempo... que ainda que não faça sentido ao texto, sentido faça a este tempo...
ResponderExcluirÚltimo Verão
Tenho comigo um último verão
E a lembrança de uma paixão
naquela praia deserta
naquela praia deserta
Tenho comigo as tuas lágrimas vendo uma raia agonizando na areia
Os pescadores rindo de nos quando passeavamos na direção das dunas, na direção das dunas
Tenho comigo um último verão em que nos éramos indomáveis como o mar
Um amor,
Quando abri os olhos para o céu, tu só vias as gaivotas, a tua agonia de mulher. A tua agonia de mulher
Tenho comigo a luz solitária da casa da praia os teus pais discutindo enquanto tu me dizias lá fora
Que eu era selvagem e belo como vento de uma noite de
chuva, que eu era selvagem e belo como o vento que sopra nas
noites de chuva
Tenho comigo um último verão
para sempre te dizer não sobrou nada não sobrou nada
não sobrou nada, nada, nada, não sobrou nada....